Prós e Contras da candidatura de Aguinaldo Ribeiro ao Senado; confira
Será que o deputado Aguinaldo Ribeiro deve realmente encarar a briga pelo Senado? E, será que isso será bom para ele? Confira!
Pró
Em 2022, Aguinaldo Ribeiro não terá de enfrentar José Maranhão, que provavelmente seria candidato à reeleição, caso estivesse vivo. Além disso, Ribeiro conta que outras duas lideranças estarão ausentes na disputa para a única vaga de Senador: Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho. O primeiro, em razão da candidatura ao governo do filho, Pedro; o segundo, por conta da inelegibilidade que os meios políticos e jurídicos que rodeiam Aguinaldo Ribeiro consideram certa.
Contra
Parte da estratégia de Aguinaldo Ribeiro é, assim, uma aposta. Caso Ricardo Coutinho consiga, por exemplo, uma liminar para disputar a eleição, como aconteceu com Cássio, em 2010, ou mesmo se, em razão de alguma contingência, Cássio mude de ideia e resolva entrar na disputa, Aguinaldo pode cair na armadilha que levou Lucélio Cartaxo à derrota em 2014, quando, ao abandonar a aliança com o MDB para fazer aliança com Ricardo Coutinho, abriu caminho para José Maranhão entrar na disputa e derrotá-lo na eleição.
Pró
Aguinaldo adquiriu tamanho político dentro e fora da Paraíba que praticamente o empurra para disputar o Senado. Na Paraíba, o partido de Aguinaldo, o Progressistas, conta com uma senadora, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, o vice-prefeito de Campina e uma presença política com alguma expressão na cidade, além do apoio de um número significativo de prefeitos espalhados por todo o estado. A força adquirida por Aguinaldo inibe hoje a iniciativa de potenciais adversários.
Contra
A história recente das eleições na Paraíba é rica em exemplos que demonstram que, em eleições majoritárias, o peso das máquinas administrativas e políticas, por si só, não asseguram vitórias àqueles que as detêm. José Maranhão perdeu a eleição em 2010 sentado na cadeira de governador. Nessa mesma eleição, Wilson Santiago, um candidato com um perfil muito semelhante ao de Aguinaldo, ficou em quarto lugar na eleição para o Senado. Em 2014, Lucelio Cartaxo contou com o apoio do governador Ricardo Coutinho e do irmão, Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, e mesmo assim naufragou na eleição.
Pró
Máquina não é tudo, mas é meio caminho andado. Principalmente, se potenciais os adversários estão fragilizados por derrotas eleitorais recentes, como são os casos de Ricardo (2020) e Cássio (2018). No caso de Ricardo, além da indefinição sobre sua elegibilidade, ele ainda tem a Calvário no seu encalço. Aguinaldo é o candidato de João Azevedo e o governador trabalha dia e noite para neutralizar o surgimento de adversários com força eleitoral capaz de derrotá-lo. Se conseguir, Aguinaldo tem a faca e o queijo na mão.
Contra
Diferente da irmã, Daniela Ribeiro, que é mulher num mundo político dominado por homens de meia-idade, Aguinaldo não tem boa retórica nem conta com um atributo fundamental para qualquer político que almeje ocupar lugar de destaque no coração do povo: carisma. Não por acaso, depois de 20 anos na política, essa é a primeira disputa majoritária que Aguinaldo Ribeiro pretende participar.
Da redação / Fonte: Fonte83