Condenado a 108 anos de prisão, mentor do estupro coletivo em Queimadas está foragido há 11 meses
Em 2022, o episódio que chocou a Paraíba e o Brasil e que ficou conhecido como a ‘Barbárie de Queimadas’, completará 10 anos de ocorrido. Este foi um acontecimento extremamente triste e absurdo que ocorreu em 2012 quando cinco mulheres foram estupradas por cerca de 10 homens e no ano passado, ganhou um novo capítulo com a fuga do mentor do crime, o Eduardo dos Santos Pereira, da Penitenciária de segurança máxima PB-1, em João Pessoa. Até agora, não se sabe nada sobre o paradeiro dele.
Ele foi condenado a 108 anos de prisão por conta dos estupros e da morte de duas das vítimas, só que em Novembro de 2020, o mesmo fugiu da penitenciária. Entre os acusados, haviam três adolescentes. Duas das vítimas foram mortas por terem reconhecido os estupradores.
O crime teria sido planejado uma semana antes de acontecer. Eduardo teria oferecido uma festa ao seu irmão, Luciano dos Santos Pereira, como presente de aniversário. Todos os envolvidos tinham o conhecimento de como se daria a festa. Eles compraram cordas, fitas adesivas, máscaras e outros acessórios para torturar as mulheres que teriam sido convidadas para a festa. Em certo momento da festa, as luzes foram apagadas, aumentaram o som para ninguém ouvir os gritos e simularam um assalto. As mulheres foram amarradas e estupradas.
Ainda em 2012, seis dos acusados foram condenados por estupro, cárcere privado e formação de quadrilha a uma pena que se somada, daria em mais de 100 anos de prisão. Já os adolescentes envolvidos iniciaram o cumprimento de medidas socioeducativas.
Sobre a fuga de Eduardo dos Santos Pereira do PB-1, a mesma se deu na noite do dia 17 de Novembro de 2020, de forma inusitada. Eduardo não precisou de nenhum esforço, saiu andando por um portão lateral da penitenciária que dá acesso ao almoxarifado. Naquele noite, quatro homens faziam a guarda do local e nenhum deles foi capaz de impedir a fuga. Logo após, os quatro guardas foram ouvidos e um deles foi autuado por facilitação culposa, que quer dizer que o mesmo não teve a intenção de facilitar a fuga, mas acabou autuado por ter sido displicente.
O delegado do caso, Victor Melo, disse haver um inquérito que investiga não só a fuga, como também, busca identificar o local onde ele está escondido. O delegado ainda relatou que dezenas de pessoas ligadas a Eduardo já foram ouvidas em João Pessoa, Campina Grande, Fagundes e Galante e afirmou que as investigações continuam.
Enquanto isso, as famílias das vítimas ainda sofrem bastante e dizem que as forças de segurança não dão total atenção ao caso.
Com TV Correio e Portal Correio
Da Redação