“Ei, macaco!”: TJDF-PB promete apurar caso de suposta injúria racial na 2ª divisão do Paraibano
Mais um caso de suposta injúria racial foi registrado no futebol paraibano. No último domingo, na partida entre Spartax e Confiança-PB, pela segunda rodada da 2ª divisão do Campeonato Paraibano, um torcedor da equipe da cidade de Sapé teria chamado um dos jogadores do time adversário de “macaco”. A acusação por parte do time visitante foi registrada na súmula do jogo, assinada pelo árbitro Bruno Monteiro Cunha. Ciente do caso, o Tribunal de Justiça do Futebol da Paraíba (TJDF-PB) prometeu apurar o caso e, a depender do desenrolar das investigações, apresentar denúncia contra o torcedor junto ao Ministério Público da Paraíba (MPPB).
De acordo com o presidente do TJDF-PB, Hermano Gadelha de Sá, o Tribunal já recebeu a súmula e, a partir deste momento, as providências cabíveis serão adotadas pela casa.
— Recebemos a súmula e está tramitando para distribuição, por conseguinte, à procuradoria, para as providências serem adotadas. Apenas deixo de emitir qualquer manifestação prévia, já que eventual oferecimento de denúncia e decisão da comissão certamente culminará com recurso, seja pelo atleta ou pela procuradoria. Ressalto que, para o TJDF-PB, cabe a análise do fato à luz do direito desportivo, mas que, em regras de fatos desta natureza, uma vez confirmados, também serão encaminhados ao Ministério Público ou qualquer especializada — afirmou.
A história se repete
Esse é o segundo caso de suposta injúria racial no futebol paraibano apenas nos últimos quatro meses. Em maio, na partida de ida da final da 1ª divisão do Campeonato Paraibano, entre Botafogo-PB e Campinense, um torcedor do Belo foi flagrado em uma filmagem fazendo gestos com a mão na pele e proferindo a palavra “macaco” em direção a um membro da comissão técnica da Raposa.
O caso foi investigado pela Polícia Civil, e os delegados entenderam que o botafoguense teve sim a intenção de ofender o integrante do Campinense e que, portanto, tratava-se de injúria racial. O inquérito foi enviado ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia ao suspeito.
Fonte: Ge – Paraíba