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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu todas as vulnerabilidades encontradas nas urnas durante o Teste Público

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu todas as vulnerabilidades encontradas nas urnas durante o Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS), realizado em novembro de 2021.

A Corte Eleitoral pretende mostrar aos especialistas, nos dias 11, 12 e 13 de maio, todos os aperfeiçoamentos. A ideia é que também sejam feitos os últimos testes antes da eleição de outubro.

O TPS é realizado desde 2009, com o objetivo de indicar formas de correção e aperfeiçoamento das urnas. Cerca de 140 especialistas já participaram do TPS. Todos sem qualquer ligação com a Justiça Eleitoral, apenas atuando de forma colaborativa.

Entre as melhorias implementadas após todos esses anos de análises, estão a criptografia das teclas do terminal de votação e o sistema de áudio para pessoas com deficiência visual.

O Teste de Confirmação, que ocorrerá de 11 a 13 de maio, contará com os investigadores que participaram do TPS realizado de 22 a 27 de novembro de 2021. Na ocasião, eles voltam ao TSE para conferir se as soluções aplicadas pela equipe técnica foram suficientes para aperfeiçoar os pontos encontrados anteriormente.

Metrópoles confirmou que todos os apontamentos foram resolvidos e serão apresentados nesta data. As urnas seguirão para as eleições com as novas sugestões dos especialistas.

O TSE, no entanto, afirma que nenhum deles conseguiu quebrar, mesmo com o código-fonte aberto, barreira que permitisse o acesso, de fato, às urnas. Os achados dos especialistas foram em fases anteriores ao sistema das urnas.

O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, ressalta que as urnas são seguras. “O voto é secreto, e o processo eletrônico de votação, conquanto sempre suscetível de aprimoramentos, é reconhecidamente seguro, transparente e auditável”, declarou.

Confira os itens achados em 2021 que passaram por processo de aperfeiçoamento:

  • Ataque ao painel da urna com uso de um teclado físico. Os especialistas conseguiram acoplar um novo painel, mas sem a capacidade de votar. Situação que precisaria de pessoas para trocar os painéis físicos, o que o tornaria improvável;
  • Os especialistas conseguiram desembaralhar o extrato de urna remetido ao TSE. O investigador conseguiu enviar boletim de urna sem o embaralhamento. Não há consequências para as eleições;
  • Um grupo pulou uma barreira de segurança representada pela rede de transmissão, mas parou na porta da rede do TSE. Os técnicos fizeram aperfeiçoamento desse item e apresentarão aos especialistas;
  • Houve ataque ao fone de ouvido da urna para quem tem deficiência visual, e a vocalização foi transmitida via bluetooth. Esse tipo de falha afetaria votos de pessoas com deficiência visual. Mas seria necessário ter um dispositivo acoplado em aparelhos próximos aos mesários. O melhoramento foi efetivado;
  • A Polícia Federal acessou a rede do TSE, mas não conseguiu mexer em nenhum sistema ou mudar voto. Trata-se do ataque de mais relevância para correção. A melhoria para evitar esse tipo de acesso será apresentada aos especialistas.

Teste de confirmação

Em 30 de maio, a Corte Eleitoral publicará toda a documentação e as conclusões produzidas pela Comissão Avaliadora do TPS 2021. Em 12 de setembro, termina o prazo para que os sistemas eleitorais e programas de verificação desenvolvidos pelas entidades fiscalizadoras sejam lacrados, mediante apresentação, compilação, assinatura digital e guarda das mídias pelo TSE em Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas.

No ano passado, 26 investigadores realizaram 29 planos de ataques contra as urnas eletrônicas e somente cinco tiveram algum tipo de “achado” relevante. Eles foram resolvidos e serão provados novamente no Teste de Confirmação, após as melhorias implementadas pela Justiça Eleitoral.

Da redação com Metrópoles

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