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Por Alan Santos: Araçagi…

Nestes 63 anos de emancipação política de Araçagi, a qual estaremos comemorando no próximo dia 22, estaremos publicando nesta coluna, textos que relatam o meu amor por esta terra. É bom lembrar aos caros leitores, que não me debrucei sobre a nossa história científica, e sim, sobre a história folclórica do nosso município. Segue um dos primeiros escritos. Boa leitura.

Araçagi…

Araçagi dos araçás, dos nativos e europeus, de negros e negras, homens e mulheres fortes, humildes e acolhedores. Terra de inscrições rupestres na Lagoa do Caju, de gente sincera que mal conhece sua história. Terra de religiosidade, que ostenta desde seus primórdios.

Araçagi dos finais do século XVIII – século do ouro nas Minas Gerais, da entrada ao sertão pelos europeus com a pecuária – serviu como local de descanso, de pousada e, ainda serve, para os idosos e para quem não gosta de uma vida muito agitada. Araçagi da nação Tupi, dos grupos indígenas Tabajaras; Araçagi dos portugueses: desbravadores, ocupadores, benfeitores e mal feitores. Araçagi da mestiça Francisca, do português Manoel, terra da Sagrada Família as margens do Rio Araçá.

Araçagi de vários cultos, da ciranda, da lapinha, do reisado, do carnaval das burrinhas de Luiz, que não existe mais. Araçagi dos polêmicos, dos calmos, dos agitados, dos conservadores.

Araçagi de Geraldo Espínola e José Pessoa Sobrinho, senhores que governaram primeiro, Vanildo Lívio Ribeiro Maroja, primeiro prefeito eleito. Araçagi do José, do Manoel, do Antônio, do Francisco, da Maria; Araçagi de Abigail de Melo, professora, de Ademar Bandeira, de Benjamim Rosa: o homem das pedras portuguesas.

Araçagi das tradicionais festas: São Sebastião, Cavalgada; Araçagi: grande mãe que adota filhos vindos de outras terras.

Araçagi de tantos que passaram e de muitos que virão; Araçagi do passado, do presente, do futuro; Araçagi: que é minha, sua, nossa terra; Araçagi dos araçás, dos araçagienses.

Da redação

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