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Por Eliseu Batista: Instituições fortalecidas são o caminho para o Brasil ter um crescimento sustentado

Bandeira Brasil Banco de Imagens e Fotos de Stock - iStockAntes de tomar uma decisão de investimento, um investidor precisa saber qual será sua participação no resultado e, sabendo disso, irá investir mais ou menos. Mas, sem conhecer as regras ou se elas mudam o tempo todo, a melhor solução será não investir porque são essas regras que fazem a ligação entre o esforço e os resultados desse.

São as regras (ou instituições) que estabelecem as condições para que os agentes econômicos tomem suas decisões ótimas. As regras do jogo são basicamente todas as leis que comandam um sistema tributário, o acesso ao crédito e a contratação de trabalhadores, por exemplo.

Atualmente, o governo optou por “driblar” o teto de gastos em proveito de políticas que ajudem a campanha de reeleição do Presidente, enquanto isso poderia custear essas políticas com corte de gastos em outras áreas do orçamento público. Essa opção do governo gera incerteza e, portanto, os investidores retiram o dinheiro do país e a consequência é o aumento do câmbio. A causa é que o Brasil não forma regras sérias e não as segure até o final, ou seja, não temos credibilidade.

As regras do jogo que devem prevalecer em uma economia, devem ser aquelas que criam os incentivos corretos para que esta economia cresça. Portanto, é difícil investir em um país como o Brasil em que as regras do jogo mudam ao longo do tempo (ao longo do jogo). Por isso, há um dilema entre os investidores, se investe ou não investe no Brasil.

Instituições fortes e regras sérias são essenciais para estimular o crescimento do país, mas a inconsistência de cumprimento das regras eleva as incertezas deixando o ambiente de negócios mais desconfiável, danificando o crescimento do país no longo prazo.

Todavia, é necessário ter segurança no cumprimento das regras, pois se não houver, aumenta-se a percepção de risco no país, o real desvaloriza e a inflação e as taxas de juros aumentam, diminuindo o crescimento e quem mais sofre com isso são os mais pobres. Para termos um crescimento sustentável e nível de preços sob controle é preciso ter uma real execução das regras fiscais.

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

 

Eliseu Batista da Silva

Graduando em Economia – Universidade Federal da Paraíba
Trabalha na área de Fusões e Aquisições de Empresas (M&A)

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