Por Jefferson Procópio – Internet doente: a culpa é das pessoas ou da falta de fiscalização?
Desde o surgimento da internet em 1969, nunca se viu tanta descentralização de informações e postagens que, de início parece que para muitos é ser verdadeiro, mas que são na verdade, um ato implacável e agressivo para uma sociedade mais eclética. O que deveria servir como informação, inclusão digital e trazer pessoas para um mundo mais moderno, tem causado um problema enorme para as pessoas que não entendem como é viver num mundo politicamente correto.
Nossa segurança, privacidade e falta de moderação no modo ser e pensar, entra em confronto com o mundo definidamente produzido por algoritmos, que fazem uma espécie de caminho pré produzido pelo mundo digital. Mas a pergunta que vem “derretendo a mente” das pessoas, vem do simples fato de entender porque a internet têm sido uma arma tão poderosa?
E o fato vem nos apresentando respostas óbvias: a facilidade de se expressar sem ter um filtro, a falta de legislação eficaz e a liberdade exacerbada dos que se acham verdadeiros. Lembre-se, falar o que pensa é absolutamente diferente de ser correto.
A internet virou uma praça pública de vírus digitais: uma arma destrutiva que dissemina doenças da nossa sociedade, sejam elas físicas ou emocionais, trazendo à tona nossos pensamentos mais obscuros. E como deixamos rastros digitais, os efeitos são estrondosos, desde Fake News intencionais, até discursos de ódios, passando por roubos de dados.
Estamos criando uma raça de preconceituosos culposos, que partem dos atos comportamentais, opção sexual, poder aquisitivo, instrução, racial e político. Nossos ideais são distorcidos, causando um mal estar generalizado, criando o famoso cancelamento digital.
Outro mal da cibervida, detém da excessiva preocupação sobre sua imagem, conduta e corpo, onde se cria uma cultura da vida nas redes sociais, uma perfeição absoluta, onde eu posso tirar as melhores fotos em locais que é restrito aos de boa aquisição ou até emular os famosos com a falsa impressão de que vai gerar um engajamento absurdo.
O sociólogo Pierri Bourdieu, afirmava que ” aquilo que foi criado para ser um instrumento democrático, não deve ser convertido em uma ferramenta de manipulação”. Seguindo este preceito, no entanto, esse pensamento não é praticado, em razão de, a inoperância das fiscalizações públicas e cibernéticas neste meio, ajudam para o crescimento destas manifestações psicossociais e que podem corromper as interações.
É claro que é difícil sugerir que alguém saia das redes sociais. Elas estão presentes intrinsecamente em nossas vidas, porém, quando nós expomos nossa intimidade ou nossos pensamentos, deverá existir sempre um conceito simplificado do ser humano empático. Somos atrações principais, como também, espectadores, e isso pode ser assustador.
Da Redação
Texto muito bem produzido. Tudo que o ser humano cria e manufatura tem dois lados da moeda. A tecnologia veio como uma facilitadora da vida, contudo trouxe diversos riscos como depressão e golpes e crimes e cyber bully. Acho que devemos ter moderação no uso da redes digitais.
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