Presidente da CNM critica reajuste dado pelo MEC aos professores, valores podem não ser pagos por prefeituras
Da redação com PBAgora-Araçagi, 18/01/2023
Seguindo a preocupação divulgada ontem (17), pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que criticou o reajuste do piso salarial dos professores oficializado pelo Ministério da Educação (MEC), o presidente da Federação das Associações dos Municípios Paraibanos, George Coelho, disse que como existe uma progressão, o custeio do pagamento dos professores será ainda maior com o reajuste do piso, portanto inviável economicamente.
Apesar do anúncio ontem por parte do ministro da Educação, Camilo Santana, sobre o reajuste de 15% no piso salarial dos professores, na Paraíba, segundo George, os prefeitos não garantem a implementação do reajuste. Coelho destacou ainda que que o reajuste que o aumentou o piso de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55 ficará acima da valorização dos recursos destinados pelo Fundeb para custeio da educação nos municípios.
Para resolver a situação, presidente da Famup defende esforços dos gestores para que os professores recebam o reajuste estabelecido. “Nós temos que pagar o piso. Os municípios terão que fazer gestão. Fazer com que os índices da educação melhorem para que aumente os valores para fazer cumprir a determinação. A gente quer que os professores ganhem bem, mas tem que ter os recursos”, disse George.
Na contramão, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o governador João Azevêdo (PSB), anunciaram o aumento para o magistério. “O impacto torna ingovernável. Estamos orientando os municípios a não concederem, por mais que entendamos como importante. Esse montante inviabiliza a educação no Brasil. Aí, nós vamos ver o MEC apresentando grandes projetos para salvar a educação no Brasil, enquanto tira esse valor dos municípios”, declarou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.