Rebeca Andrade dá show e se garante em três finais do Mundial de ginástica
A cada apresentação de Rebeca Andrade, o ginásio de Kitakyushu vibrava em aplausos. Pouco menos de três meses depois das Olimpíadas de Tóquio, a campeã olímpica voltou ao Japão e deu show nas classificatórias do Mundial de ginástica artística. Nesta madrugada (manhã de terça no Japão), a ginasta de 22 anos avançou às finais do salto (14,800 de média) e das barras assimétricas (15,100) na liderança. Ela ainda arrancou o último posto na decisão da trave, com 13,400 pontos. Teve 100% de aproveitamento.
– Estou muito feliz, porque treinei muito e consegui fazer tudo que me preparei. Estou muito animada para as finais – disse Rebeca.
O show só não foi completo, porque faltou o Baile de Favela. Rebeca já havia anunciado que não se apresentaria no solo, assim ficando fora também do páreo do individual geral, prova em que é a atual vice-campeã olímpica. Por ser um aparelho que exige bastante dos joelhos, a ginasta optou por se preservar de olho na caminhada até os Jogos de Paris 2024.
A campeã olímpica do salto vai buscar sua primeira medalha em um Mundial justamente em seu principal aparelho, no sábado, às 4h45 (de Brasília). Minutos depois disputa a final das barras. No domingo tenta um pódio na trave. Antes disso, já nesta terça-feira, às 21h20, Arthur Nory e Caio Souza disputam as classificatórias masculinas em busca de vagas nas finais.
Prova a prova
Salto
Rebeca abriu a disputa já em seu principal aparelho e começou muito bem. Ela fez os dois saltos da classificatória das Olimpíadas. No voo mais difícil, o Cheng, ela acabou pisando fora da área de aterrissagem e por isso perdeu três décimos, mas ainda tirou um notão: 14,900 pontos. O segundo voo foi um Yurchenko com Dupla Pirueta quase cravado. Só um passinho para trás na chegada, e 14,700 pontos. Com a média 14,800 pontos, se posicionou na liderança e se garantiu na final.
– Meu salto foi melhor que no treino de pódio. Eu estava me sentindo melhor mesmo. Com um pouco mais de tempo, acho que consegui sentir melhor o aparelho e ter um controle melhor na hora. Consegui sentir o meu corpo. Foi muito bom – avaliou a campeã olímpica.