RTE Betting Master: casal proprietário foi preso acusado de golpe
Da redação com ClickPB-Araçagi, 04/05/2023
Um casal foi preso na manhã desta quinta-feira (04), em uma casa de luxo no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa, suspeito de aplicar golpes que ultrapassam a casa de R$ 60 milhões com apostas online.
Segundo a Polícia Civil, a dupla fez vítimas em diversas regiões do país. A empresa, pertencente a Rodrigo Pereira de Sousa, que é cabo da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), possui endereço sede no município de Pirpirituba, na Paraíba, e é apresentada ao público através de um site chamado RTE BET, que é classificado pelos próprios como “a maior empresa de trading esportivo da América Latina” e que “possui a maior e melhor estrutura física e tecnológica do Brasil”.
Os clientes da RTE Betting Master há mais de um ano já esperam solução para reaver seu dinheiro. Há mais de um ano, no dia 26 de julho de 2022 a empresa divulgou uma nota em suas redes sociais na qual alegava que vinha a público esclarecer que passaria por uma readequação em seu modelo de atividade. O casal de proprietários foi preso na manhã desta quinta-feira (4) suspeito de praticar um golpe.
Ainda na nota, a empresa avisava que não seguiria mais adotando a sistemática até então utilizada em suas operações. A nota ainda garantia que os clientes receberiam seu dinheiro corrigido, mas não dava prazos para que isso ocorresse.
“Em que pese todos os esforços expendidos na busca incessante pela solução da problemática apresentada, por motivo de força maior, o qual está fora do alcance e da vontade desta empresa, os pagamentos não poderão mais ocorrer da forma como ocorriam”, alegava a nota.
A RTE atuava no mercado de apostas esportivas há vários anos e segundo afirmava, vinha cumprindo os pagamentos aos seus clientes nas datas acordadas. Até que no começo de 2022, houve atrasos de pagamentos.
A empresa alegava que em nenhum momento “esteve de braços cruzados” diante da situação e que toda a equipe de profissionais que compõem a RTE estaria trabalhando em busca de uma solução para a normalização dos pagamentos, sempre priorizando a satisfação dos nossos clientes e o bom funcionamento da empresa.
Todas as operações financeiras no mercado esportivo realizadas pela RTE aconteciam fora do Brasil, de maneira que todo o investimento necessitava ser enviado ao exterior, através das empresas intermediadoras de pagamento. “Ocorre que, nos últimos meses o retorno dos investimentos para o Brasil tem encontrado entraves e limitações, ao ponto de não ser possível sacar o valor suficiente para cumprir com o pagamento de todos os clientes”, justificava a nota.