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Por Alef Mendes: Araçagi e a velha política do ‘toma lá, dá cá’

A cidade de Araçagi, apesar de ser uma pequena cidade da Paraíba, torna-se evidente que é uma localidade de experimentos  para as mais diversas formas eleitorais, ou seja, uma boa porcentagem dos políticos dessa cidade fazem de tudo pelo e para o poder.  O período eleitoral além de ser uma festa para muitos, se torna um antro de disputas horríveis onde o ódio, o desrespeito e outras coisas mais se manifestam com veemência em muitas pessoas.

No entanto, para além das questões mais fervorosas que têm sido uma tônica na política araçagiense, me parece que às velhas práticas que atendiam a política da Primeira República no Brasil, como a exemplo das questões clientelísticas, do Voto de Cabresto, Coronelismo e atitudes oligárquicas tomam novos aspectos e pretensões e comandam muitas práticas eleitorais desta cidade paraibana. A história não se repete, mas as velhas práticas envoltas de novas perspectivas são colocadas à tona quando existe um cenário em que algumas pessoas correm atrás de seus próprios interesses (mesmo sabendo que a política é envolta em diversos interesses).

É evidente que essas questões estão imersas não somente na política araçagiense, mas na estruturação da política brasileira, e isso torna evidente o quanto se precisa de uma reformulação de muitas práticas que me parecem até mesmo terem se tornado cultural. Com isso, muitos políticos (que em mim não exista a generalização das coisas) usando a pobreza fazem penhor do voto em troca de favores dos mais diversos.

Notoriamente, na política brasileira e não somente local, às elites têm dominado e usado esses locais de poder para o bem deles mesmos ou de sua classe social, e os históricos índices de analfabetismo brasileiro cooperaram para isso, pois esse processo não ajudou a criar uma sociedade formada para a criticidade política e atualmente ainda existe os resquícios desse processo. No entanto, quero fazer desse texto um meio para aumentar a mentalidade crítica dos leitores, tendo em vista que atualmente apesar dos déficits na educação uma boa porcentagem de brasileiros conseguem ler e entender o que leem.

Entretanto, é bom destacar que a inteligência não se limita às letras, então pense e vote consciente e em prol do bem comum  e repudie toda ‘política do toma lá, dá cá’, pois essas velhas práticas do Voto de Cabresto (utilização da compra de voto por meio do abuso do poder econômico); do Coronelismo (prática do domínio politico no meio rural alocada no período de 1889-1930) podem reaparecer, mesmo que com novas perspectivas, em virtude da manutenção do poder de uma elite econômica local ou mais geral.

Que haja em nós uma consciência de classe e assim aprendamos a votar naqueles que representam e lutam pela nossa classe social! Dessa forma, desviando-nos dessa ‘normalização da manutenção do poder de alguns’, dos que têm dinheiro, nesse caso, de uma elite econômica, não somente de forma local, mas a caráter de país. Que o nosso voto seja consciente!

 

Da Redação / Página PB

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