Colunistas

Por Álef Mendes: Simonia, pastores que só visam o dinheiro, corrupção política e o bolsonarismo

Nestas últimas eleições percebemos  uma grande mistura entre fé evangélica e política. Nessa mistura vemos os que mais foram/são enganados, por discursos de líderes que usam da fé para os seus próprios ganhos e desejos, que é o povo evangélico de boa fé e por vezes muitos desse povo bom são indoutos; pastores os quais diante de uma pregação antibiblica de que existe uma submissão a todo custo desfrutam da lã, da gordura e dos votos de um povo bondoso, os evangélicos.

Nesse interim, do século XXI surge, mais especificamente, pós golpe de 2016 uma loucura, pois no Brasil vários pastores começaram a ter um fervor político maior, sabemos que já existia antes, mas agora viria mais à tona, com a bancada evangélica na Câmara Federal, a qual, hipocritamente, se juntaria a bancada da bala e do boi, ou seja, dos latifundiários e dos que possuem condições para possuir uma arma e matar vidas, finalidade somente de uma arma de fogo.

Sabemos que, historicamente, líderes corruptos cristãos, na história da igreja, sempre se juntaram a quem tinha posses, condições financeiras e por vezes, cargos eclesiásticos foram vendidos, o que denomina-se de Simonia, ou seja, o ato de vender os cargos ou bens divinos por dinheiro, ou influencia financeira ou política. E isso, por vezes afastava a igreja mais pobre dos bens eclesiásticos e da filantropia, pois quem tinha posição eram os que tinham posses, assim oprimindo os mais necessitados e corrompendo o chamado evangelho dos pobres. Bem, isso ainda acontece não do mesmo modo, talvez, porém acontece e muito por meio de uma parcela de pastores pentecostais e neopentecostais na atualidade.

No Brasil, a venda de graças divinas e eclesiásticas ultrapassou os limites e não se limitou a isso, pois pelo pretexto de se conseguir levar o evangelho para a política, ou talvez de ganhar os tais envolvidos no processo, vários líderes para além de vender o rebanho que Deus lhe confiou, delegaram seus púlpitos para políticos fazerem campanha, e “manchar o nome de Deus”, reuniram-se com um político chamado Jair Messias Bolsonaro, o qual ludibriou muitos evangélicos em nome de Deus. Bem, a junção entre política e religião nunca deu certo, a história nos diz isso.

Agora, há pouco tempo vemos a marca que isto tem causado ao evangelho, pois para além de pastores envolvidos em lobismo (pastores usando influência política para seus próprios interesses) o ex-ministro da educação que se diz pastor evangélico manuseando uma arma no aeroporto (líderes evangélicos que usam armas precisam conhecer ao Jesus que curou a orelha de Malco após Pedro cortá-la), tal pastor bolsonarista disparou acidentalmente e machucou uma pessoa com estilhaços.

Ou seja, muitos desses líderes que vendiam cargos eclesiásticos por influencia diversas ou por remuneração ou poder aquisitivo da ovelha, passou então a utilizar dos meios corruptos na política brasileira. Muitos com “laranjada na política” pregam um discurso que é contra o pecado, mas é hipócrita em suas práticas pessoais, eclesiásticas e políticas. Esses lobos devoradores do rebanho de Jesus Cristo que só pensam em dinheiro e só visibilizam os que têm dinheiro em suas igrejas se revelam como falsos em suas atitudes políticas e pessoais.

O povo evangélico é um povo bom e de boa fé, mas muitos de seus líderes se desviaram do evangelho, do que foi chamado de evangelho dos pobres e vivem nas riquezas materiais, visando as coisas da terra e errando, fazendo acepção de pessoas tanto nas igrejas que são responsáveis e extrapolando para a política se aliando a Bolsonaro que entrega o povo brasileiro pobre para a fome. Estes homens precisam ler o texto da Bíblia do livro de Tiago que diz:

Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais? Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores (Bíblia Sagrada/TIAGO, 2: 1-9).   

Corruptos gulosos e hipócritas que só visam o dinheiro vocês negam o nome de Jesus e precisam se converter dos vossos maus caminhos de avareza, pois tendes por Deus o dinheiro ao praticarem essas coisas.

Compartilhe este conteúdo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *