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Por Álef Mendes: ‘O pão nosso de cada dia’ está mais caro – tudo está tão caro!

No Brasil, a alta nos preços é uma constante realidade que estamos enfrentando. As pessoas que têm veículos sentem no bolso ao ter que abastecer os tanques, consequentemente, como se fosse uma avalanche os preços sobem no gás de cozinha; a cesta básica fica mais cara e sentimos a diferença ao ir no mercado e já não compramos o que comprávamos e sentimos que o Real já não está valendo tanto assim.

Na verdade, no sistema ou taxa cambial que atualmente está no país balizando a nossa moeda,  cada vez mais ela tende para a desvalorização, em comparação ao Dólar e é esse o pilar que mais sustenta essa lógica inflacionária que está no país e o Ministro da Economia, Paulo Guedes com a legalidade do Executivo nacional, nada faz por que para além de seus próprios interesses financeiros ele defende a política neoliberal, a qual afundou o Chile (num país que é constituído em sua maioria por pobres, o neoliberalismo não funciona, isso é fato confirmado na história).

Bem caros leitores, para aqueles que não queriam se alertar ou mesmo aqueles que estavam em alerta, mas ainda naquela pequena sonolência que ficamos ao recentemente acordarmos, acorde de vez, pois agora quem subiu foi o preço do ‘pão nosso de cada dia’.  Pois é! Quem não conhece a bendita frase que está na bíblia, da chamada oração universal? Acredito que ela é bem conhecida.

Lá diz: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje […]”, isto se referindo em pedido a Deus pelo mantimento cotidiano. É isso, o “mito” que foi amplamente apoiado por uma massa cristã conservadora está destruindo a possibilidade de muitas pessoas chegarem a conseguir o pão cotidiano. E isso é fato, para além dos números, expressa a experiência e para isto é só você ir na padaria mais próxima de sua casa e se ainda não aumentou o preço do pão, fique tranquilo, pois em breve irá aumentar.

A culpa desse aumento no pão não é dos comerciantes em si, donos de padarias, neste caso. No entanto, como o trigo que é o ingrediente principal para se fazer o pão no Brasil é importado (ou seja, vem de fora do país) da Argentina e dos Estados Unidos, e assim com o  câmbio atual, ou seja, com o Real desvalorizado, na hora da compra desses produtos se aumenta em reais para que haja uma equiparação, expressamente, ao valor do Dólar que está nas alturas; o que, evidentemente, em forma de cascata irá ser cobrado do bolso de nós, que somos os consumidores finais.

Vamos para um acontecimento que está posto na história. Na Revolução Francesa (1789-1799),  um dos possíveis fatos que ocasionou o início desta revolução foi o aumento desenfreado no preço do pão para a massa populacional, para que a realeza pudesse sustentar suas regalias no palácio.

Dessa forma, as revoltas populares no contexto de Paris e em toda a França daquela época, teria se iniciado quando a massa popular percebeu que um dos principais produtos de consumo cotidiano estava mais caro. Assim culminando no dia 14 do mês de julho de 1789, com o povo saindo às ruas e invadindo e, posteriormente, derrubando a Bastilha (que era o centro de demonstração do poder da realeza e uma prisão para os inimigos do rei com horrendas torturas aos prisioneiros), com isso, logo após este evento ocorreu a destituição do regime de opressão popular, o povo se reuniu e juntos venceram a opressão.

Bem, pelo que vemos na história, a alta no preço do pão já foi um dos motivos para se ocorrer uma união em massa da população, e assim, a mudança não só de um governante, como também de um regime antigo de dominação. E nós? Por que não protestamos nossos direitos? Aumenta o preço do pão, da carne, da cesta básica, da gasolina e do gás; na verdade, o preço de tudo aumenta e tudo está mais caro, e ainda assim não nos reunimos e não protestamos?! Entretanto, ficamos calados suportando o neoliberalismo e os seus operadores zombarem da nossa cara, de forma tão nítida assim?

Não que eu queira ou possa, incitar as pessoas a alguma coisa, mas é direito constitucional nosso, a manifestação pública. Quando será então que a gigantesca massa brasileira vai acordar? Será que nem a alta no preço do ‘pão nosso de cada dia’ vai nos despertar para a triste realidade que vivemos atualmente neste país, denominado de Brasil? Ficam assim postas essas questões e reflexões.

 

Da Redação com PáginaPB  

 

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