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Por Jefferson Procopio – O poder da fé

Fundamental em nossa cultura mundial, a crença de um povo nunca encontrou barreiras geográficas e, como também a linguagem de uma nação continental, a religião toma o mundo com suas religiões diversificadas.

Não é difícil, em cada esquina deparar com uma igreja, mesquita, centro espírita, terreiros e cultos. Passamos por um processo de miscigenação de religiões, dando vida à novas doutrinações e adeptos. Com a divisão entre Cristianismo que encontra-se no topo do ranking e o islamismo logo em sequência, uma tendência ganha força entre algumas religiões: os Agnósticos.

Estes que, são considerados uma forma menos agressiva do ateísmo, estão entre o meio termo metafísico: consideram inútil discutir temas inexplicáveis racionalmente, pois são realidades não atingíveis através do conhecimento. Para os agnósticos, a razão humana não possui capacidade de fundamentar de forma comprovada a existência de Deus, mas não a questiona, pois, não há explicação entre o abstrato e o palpável, sendo tudo possível e aceitável.

Como Justificar um plano superior injustificável?

Começo esta justificativa com um conceito que de certa forma ajuda a explicar boa parte dele; a fé. O que podemos destacar é que de acordo com ela, temos que acreditar que uma coisa é verdadeira e agir totalmente de acordo com essa crença, de “corpo, alma e coração”, afinal, todos nós temos fé em algo, desde em alguém próximo, um time de futebol, uma prova difícil e na religião que temos sendo assim, consequentemente, fé em Deus.

Ter fé é acreditar que alguma evidência é real, eu posso não crer que amanhã possa chover, mesmo sabendo que hoje choveu durante as 24 horas seguidas. A fé é isso, uma escolha de algo que eu não posso ver ou prever, mas tenho que acreditar que aquilo que eu compreendo é real, verdadeiro e aceitável. Todo mundo tem fé e vive de acordo com sua fé. Quem tem fé que o sol vai nascer amanhã dorme sem preocupar com isso durante a noite. Quem tem fé que a ciência é o caminho para a verdade procura aprender mais da ciência. Quem tem fé que Deus existe, tenta agradá-Lo.

Razão x Fé

Quantas vezes nos deparamos com pessoas falando: “Ciência e religião nunca serão unidas” ou “Sou evolutista, não acredito em criacionismo” e até “Ninguém explica Deus”? Infelizmente são afirmações que não seguirão conceitos pré formados, mas que estão na boca do povo cada dia mais intensa. Como citado acima, os agnósticos surgem em meados do século XIX, logo após a tecnologia (mesmo que rudimentar à época) começar a ganhar o mundo, tentando amenizar esse abismo que há entre os crentes e descrentes.

Parece que a batalha entre razão e fé não é apenas um embate periódico, e sim contínuo, já que sempre há esclarecidos, esclarecimentos e resistência a esses esclarecimentos. A razão entra em embate com o estabelecido e quando este se impõe, torna-se um dogma compulsivo nos homens de cada tempo. De acordo com Hegel, grande filósofo, uma tese que se torna oposta, agora necessita já de uma resposta mais evidente para que a razão desdobre a si mesma e se reinvente mais uma vez.

Concluindo meu raciocínio, nessa nova “atualização religiosa global”, podemos destacar três formas: Os ateus, os crentes e os agnósticos; cada qual com sua fé, mas com sua forma de pensar relativamente igual, munidos de habilidades intelectuais de convencimento, mesmo que metafísico ou palpável, não obstante aos crescentes ataques a fé de cada um, contudo com o ideal que os fazem seguir em frente: o desejo de ser feliz, tanto neste plano de vida, quanto na próxima, transformando a fé em um combustível autossuficiente que se renova dia após dia.

 


Escritos de Jefferson Procopio – graduado em Direito, com extensão em Ciência Política e Administração Pública

 

Da Redação / Página PB

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